Quem criou Deus?
Quando um amigo perguntou a um esperto menino de cinco anos: "Quem fez Deus?", ele respondeu a pergunta de Richard Dawkins a respeito de "quem projetou o projetista". A criança, sem pensar duas vezes, respondeu: "Deus criou a si mesmo!" É claro que a criança não compreende que a auto-criação exige o existir antes de existir, o que não faz sentido. Em contraste, os teólogos bíblicos têm ensinado há séculos que Deus é eterno. Vamos considerar este ponto de vista logicamente.
Quem criou Deus? - Quais são as alternativas?
A pergunta que precisa ser feita é: "O que tem sempre existido?" Temos apenas duas opções: o universo material composto de espaço, tempo, matéria e energia, ou um Deus eterno e espiritual que existe independentemente do universo material. Dado que cosmólogos quânticos bem respeitados, como Alexander Vilenkin, acreditam que a ciência sem qualquer equívoco mostra que o universo deve ter tido um começo no big bang, isso deixa apenas uma outra opção: Deus. Já que algo deve ser eternamente auto-existente (não auto-causado) e o próprio universo não se qualifica, a única conclusão lógica que nos resta é um Deus espiritual e auto-sustentável que existe e tem existido eternamente.
Quem criou Deus? – Implicações Lógicas
O argumento lógico para a eternidade de Deus não representa a única falha no raciocínio de Dawkins. O filósofo cristão William Lane Craig observa que uma explicação de uma explicação (a existência de Deus) é logicamente desnecessária.
Para reconhecer uma explicação como a melhor, não é preciso ter uma explicação da explicação. Este é um ponto elementar relativo à inferência para a melhor explicação como se pratica na filosofia da ciência. Se os arqueólogos escavando a terra chegassem a descobrir coisas parecidas com pontas de flecha, cabeças de machadinhas e fragmentos de cerâmica, eles teriam razão em deduzir que estes artefatos não são um resultado aleatório de sedimentação e metamorfose, mas produtos de algum grupo desconhecido de pessoas, embora não tivessem uma explicação de quem fossem ou de onde vieram. Da mesma forma, se os astronautas descobrissem uma pilha de maquinaria na parte escura da lua, eles teriam razão em deduzir que era o produto de agentes extra-terrestres inteligentes, mesmo se não tivessem nenhuma ideia de quem esses agentes extra-terrestres fossem ou como chegaram lá. Para reconhecer uma explicação como a melhor, não é preciso ser capaz de explicar a explicação. De fato, requerer isso causaria uma regressão infinita de explicações, de modo que nada poderia ser explicado e a ciência seria destruída. Assim, no presente caso, a fim de reconhecer que o design inteligente é a melhor explicação do aparecimento do design no universo, não é preciso ser capaz de explicar o designer.1
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